Temple Grandin


Há cerca de dez anos, uma revista americana especializada em cinema - fez uma lista de atores que provavelmente seriam indicados ao Oscar no futuro, por se demonstrarem promissores. Claire Danes estava entre as apostas da publicação. A jovem atriz ainda não teve sua chance, mas esta oportunidade poderia muito bem ter vindo por sua perfomance em Temple Grandin, se ele não fosse um telefilme.



Baseado em uma história real, o longa conta a tragetória da heróina que dá nome ao título do filme. Temple Grandin é uma jovem autista que um dia é enviada pela mãe para ficar por um tempo morando com a tia na fazenda desta. Neste lugar, a personagem - um tanto arredia com as pessoas em sua volta , começa a observar o modo como os trabalhadores lidam com a criação do gado que existe na fazenda - desde a alimentação até o abate.

Num desses momentos que soam meio excêntricos - Grandin cria uma espécie de objeto - baseado numa engenhoca usada com o gado - apelidada de Máquina do Abraço. Como não gosta de ser tocada por ninguém - nem mesmo pela mãe - a personagem sente a necessidade de se sentir protegida nos momentos de angústia e medo. Dessa forma sempre que se sente acuada, ela recorre a Máquina do Abraço a fim de se acalmar.

Apesar das limitações do austismo , Temple Grandin possui uma inteligência incomun, tendo uma facilidade peculiar para lidar com áreas que envolvam aritimética e geometria.

Entrando para a faculdade de engenharia, a personagem não consegue estabelecer bons contatos com seus colegas, porém ganha amizade de uma garota cega - que se torna a única pessoa em que Grandin deposita alguma confiança. Lá também conhece um professor que acredita no grande potencial dela e a incentiva a investir em um curso voltado para a agropecuária.


Após muitas pesquisas e experimentos, Temple Grandin desenvolve um projeto direcionado para o manejo do gado até chegar à fase do abate. A técnicas criadas por ela, a torna uma especialista bastante conhecida nos EUA . Hoje Grandin dá palestras ao redor do país, contando um pouco de sua história e de como o autismo não se tornou uma barreira intransponível para que pudesse chegar onde chegou.

Temple Grandin a princípio, pode ser considerado por alguns como apenas mais um filme de superação como tantos outros , entretanto seu roteiro caprichado , o quarteto fantástico de atores (Claire Danes, Julia Ormond, Catherine O'hara e David Strathairn) e a ótima direção de Mick Jackson - o mesmo de O Guarda Costas, com a Whitney Houston - dissipa esta impressão.



O filme fez a festa na última edição do Emmy - o Oscar da televisão americana - faturando os prêmios de melhor telefilme, diretor, atriz (Danes), atriz coadjuvante (Ormond) e ator coadjuvante (Strathairn).

Realmente é muito interessante conhecer um pouco sobre esta doença, pouco retratada no cinema, e que parece afetar mais pessoas do que imaginamos.

Segundo o site Wikipédia, o autismo afeta cerca de uma criança a cada cem nascidas em território americano, de acordo com o divulgado pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças do governo dos EUA.

Que venham outros filmes que possam ajudar derrubar mitos e preconceitos relacionados ao portador do autismo.

No mais, nota dez para o filme.


A verdadeira Temple Grandin


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